Epidermólise bolhosa, causas e tratamentos.
Epidermólise bolhosa
Epidermólise bolhosa é uma doença que afeta a pele de humanos, mas também pode acometer nossos bichinhos de estimação, como cães e gatos.
Acompanhe o texto e veja o que é epidermólise bolhosa, causas, tratamentos e porque é tão importante você consultar um veterinário para que um profissional habilitado identifique e aconselhe sobre as melhores formas de tratamento.
O que é epidermólise bolhosa
É uma doença não contagiosa de origem genética e hereditária que afeta humanos, mas também pode se desenvolver em animais domésticos como cachorros e gatos.
Ocorre uma perda gradual das células que formam a pele dos bichinhos, que, aos poucos, vai perdendo sua integridade e formando bolhas.
Quando acomete filhotes, as formas mais graves, acabam por desencadear infecções secundárias que acarretam em perda de moléculas fundamentais como água e proteínas, dificultando muito a sobrevivência dos bichinhos.
Tipo de epidermólise bolhosa
Como é uma doença relativamente rara em animais de estimação e tem suas manifestações clínicas semelhantes à dos seres humanos, ela é classificada segundo os mesmos critérios, que são Epidermólise bolhosa :
Simples: É uma alteração das células, que formam bolhas mais superficiais.
Juncional: Forma um pouco mais grave, costuma afetar áreas de transição de pele e mucosa.
Distrófica: Se caracteriza por lesões mais graves e profundas.
Nos casos mais complexos, a doença pode se desenvolver em formas extra cutâneas, afetando órgãos internos, com evolução grave, sobretudo sobre os sistemas urinário e digestório.
Sintomas
O principal sintoma da epidermólise bolhosa é o surgimento de bolhas na pele em todo o corpo do animal, que podem se intensificar e atingir, inclusive a boca e o intestino.
Outros sintomas são:
- eritema(inflamação e vermelhidão de determinados pontos da pele)
- surgimento de feridas e crostas
- alopecia(queda acentuada de pelos em uma determinada região)
- perda das unhas
- vômitos, presença de sangue nos vômitos provenientes do sistema gastrointestinal
- dor abdominal
- sangue nas fezes ou mesmo hemorragia retal
- emagrecimento
- letargia
- desidratação e óbito.
Diagnóstico
A primeira linha de investigação seguida pelo Médico Veterinário é buscar informações sobre os pais do animal afetado, mas alguns exames podem contribuir para identificar a doença, como:
- biópsia de amostras do tecido afetado
- Teste de Nikolsky (teste específico para a identificação da doença)
- imunofluorescência
- microscopia eletrônica de transmissão.
A definição dos exames diagnósticos, assim como o tratamento e prognóstico da doença devem ser feitos somente por médicos veterinários, nunca se utilizando de soluções caseiras, que podem acarretar no agravamento do caso.
Tratamento da epidermólise bolhosa
A forma hereditária da doença, quando é manifestada nos primeiros meses de vida do animalzinho, geralmente termina com o óbito, pois ele não consegue se alimentar.
Isso, aliado ao recebimento de doses de remédios potentes, não oferece, na maioria dos casos, uma longa expectativa de vida ao bichinho.
Quando a doença se apresenta na forma autoimune, o tratamento indicado é através do uso de corticóides e demais medicações imunossupressoras.
Sendo assim, existe a possibilidade de tratamento de longo prazo, dando mais qualidade e tempo de vida ao animal.
Mas é importante, que, mesmo que a doença não se manifeste por longos períodos, se faça um acompanhamento regular com o médico veterinário.
Além das medicações que tratam a doença em si, outros tratamentos podem ser prescritos pelo veterinário como suporte e alívio dos sintomas, como antibióticos, contra as infecções secundárias, protetores gástricos e analgésicos e antitérmicos.
Cura, prevenção e transmissão.
A epidermólise bolhosa é uma doença hereditária e autoimune, portanto não existe transmissão de um animal para outro, por meio de contato.
Sua única forma de transmissão é através do carregamento genético de pais para filhotes.
Portanto, a única forma de prevenção é não deixando que animais adultos que apresentam a doença se reproduzam. Preferencialmente devem ser castrados.
A doença não tem cura, mas existem tratamentos bastantes eficazes, que podem prolongar e dar qualidade de vida aos bichinhos.
Quando bem diagnosticado e tratado, a doença entra em período de remissão, mas nem por isso deve ser abandonado qualquer tratamento recomendado pelo médico veterinário.
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